ElekistãoAvis Rara – Elekistão http://elekistao.blogfolha.uol.com.br Notas sobre o universo cultural e adjacências Tue, 19 Nov 2013 04:14:28 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 A verdadeira libertação de um cão http://elekistao.blogfolha.uol.com.br/2013/10/22/a-verdadeira-libertacao-de-um-cao/ http://elekistao.blogfolha.uol.com.br/2013/10/22/a-verdadeira-libertacao-de-um-cao/#comments Tue, 22 Oct 2013 16:47:20 +0000 http://elekistao.blogfolha.uol.com.br/?p=672 Continue lendo →]]> Dinho deixou de chafurdar diariamente na cocaína, no crack, no ecstasy e na maconha para bater em outras portas da percepção. Gaúcho de boa cepa, só no mês passado, já grisalho, ele pôde afundar os caninos, pela primeira vez, num naco sanguinolento de churrasco. Ele fez por merecer, trabalhou como um cão. Durante toda a existência, bateu ponto na Polícia Federal de Porto Alegre. Vivia espartanamente, com um cronograma puxado de exercícios e treinamentos, alimentação regrada, horários restritos, confinamento. Noitadas, esbórnias, reivindicações trabalhistas, maledicências contra os superiores – jamais. Para ele, só havia o emprego. O emprego e os narcóticos, dia após dia. É rebolando o traseiro que Dinho comemora a libertação das drogas, o início de uma vida cã.

Dinho, cão-herói gaúcho

O principal jornal gaúcho, “Zero Hora”, documentou o rito de passagem. Numa terça-feira, no final de março, Dinho ocupou toda uma página do tablóide. Vestido com um luzidio colete negro da Polícia Federal, exibia um porte altivo. Sua carreira de agente terminava ali. Para tristeza dos colegas, o maior farejador da história da Divisão de Repressão a Entorpecentes do Rio Grande do Sul pendurava a coleira.

Como alguns aposentados neuróticos, que não conseguem se reciclar, ele continua a frequentar o local de trabalho. Mas, enquanto outros labradores aguardam novas missões, é espalhadão no assoalho, junto aos pés de seu parceiro de trabalho, Arthur Vargas, que Dinho desfruta do ar-condicionado.

Vargas e Dinho viveram mais de oito anos no estilo Cosme e Damião: um não trabalhava sem o outro. A parceria começou no Canil Central da Polícia Federal, em Brasília, onde todos os cães-agentes são treinados desde pequenos. A vida de um farejador começa a tomar forma aos dois meses de idade. Nessa idade, os labradorzinhos (ou springerzinhos spaniels, ou mallinoisinhos ou pastorzinhos alemães) previamente selecionados, por serem filhos de outros farejadores, fazem uma espécie de vestibular, no Distrito Federal. Os hiperativos e possessivos passam para uma segunda fase. Ao completarem um ano, estão prontos para a “universidade”: um curso intensivo de três meses, de segunda a sexta-feira, em período integral.

“Cada cão faz três drogas de manhã e três de tarde”, explica Vargas, com a voz calma e um par de óculos de clínico geral. O treinamento é todo feito com a mesma ferramenta: um tubo de pvc branco, do tamanho de uma lanterna grande, dentro do qual é colocado outro tubo de pvc branco um pouco menor, com alguns furos ao longo de sua superfície. Dentro do recipiente interno são postas, alternadamente, embaladas em sacos de plástico, as cinco drogas que os farejadores brasileiros são treinados para detectar: cocaína, crack, maconha, ecstasy e, mais recentemente, heroína. É com este mesmo bastão de pvc, cada vez aromatizado por um narcótico, que os cães federais brincarão até o final de sua vida – ou melhor, até, como Dinho, se aposentarem.

Gaúcho de São Borja (como Getúlio), Vargas explica que a atividade dos farejadores se reduz a encontrar o tubo branco, e com isso ganhar afagos de seu parceiro e treinador. Os cães não são premiados com biscoitos, com bistecas ou com roupinhas de lã. Nos treinamentos, nos quais o brinquedo de pvc com narcótico é escondido das mais variadas formas, eles são recompensados com uma saudação do tipo “boa, garoto!”.

Para evitar que tenham seus 240 milhões de células olfativas corrompidas (os humanos, temos no máximo 12 milhões delas), os agentes-farejadores comem apenas um tipo de ração, não convivem com outras pessoas que não seus treinadores, não passeiam livremente e são impedidos de cheirar florzinhas, postes, xixis e secreções de outros cachorros. Quando são usados em operações em aeroportos, em batidas policiais nas estradas ou em buscas e apreensões, eles apenas querem o brinquedo de pvc.

Em 55 flagrantes, Dinho detectou mais de uma tonelada de cocaína e quatro de maconha. É um recorde nacional. Seu talento olfativo fez com que fosse o escolhido para representar o Brasil no exterior. “1o Seminário Sudamericano Canino 1999 – Bolívia”, lê-se no diploma ao lado da mesa de Vargas. Embora não fosse um encontro competitivo, Dinho foi, diz seu parceiro, o único entre os cães hermanos que conseguiu detectar as drogas em todos os testes.

A excelência do filho de um cão inglês (o senhor Book) e de uma brasileira (madame Bruska) fez com que ele fosse requisitado para missões pelo Brasil afora, e representasse a Polícia Federal na Semana Farroupilha e em algumas festas da uva, como atestam dezenas de fotografias afixadas na maior sala do canil porto-alegrense, onde ele vivia.

No mesmo ambiente, fica uma ferramenta importante do trabalho da dupla Vargas-Dinho. Em um cofre cinza-esverdeado, semelhante aos que os Irmãos Metralha tentavam abrir nos quadrinhos da Disney, ficam recipientes com cocaína, maconha, crack e ecstasy (a heroína anda em falta). Vargas, e os demais treinadores, precisam das substâncias para manter os tubos de pvc com o cheiro da droga tal como ela é comercializada: fresca. A cocaína e o crack são as que perdem o seu buquê mais rapidamente. Com isso, o canil da pf recebe com regularidade pacotes com drogas da melhor qualidade. A mistura de drogas faz com que, ao ser aberto, o cofre exale o bafo de um pântano.

Quando Vargas se aproxima do canil com um bastonete de pvc devidamente aromatizado, os cães ali hospedados fazem uma algazarra que picanha alguma provoca numa cachorrada normal. Sob o olhar blasé de Boss, um rotweiller que não faz parte da brigada de farejadores, e que fica por ali apenas para proteger os demais cães, é com a agilidade de um Michael Jordan que Astro, um labrador, tenta alcançar as mãos do policial.

Dinho, cuja aposentadoria faz com que se desapegue progressivamente do brinquedo anabolizado, ensaia alguns pulos, mas logo se acomoda, de língua de fora. Enquanto isso, Vargas dá os comandos para Astro: “zit!”, “nein!”, “up!”. Isto por que a Polícia Federal adotou a escola alemã de treinamento de farejadores, e é nesse idioma que eles aprendem os principais comandos. Se na escola inglesa os cães trabalham com coleiras, e costumam ser exibidos ostensivamente, na alemã tudo é feito na miúda: na maior parte das missões, os cães não ficam à vista, e tentam achar seus tubos de pvc nos bastidores dos aeroportos.

Para Dinho, tudo isso é passado. Com exceção de uma ou outra missão na qual é levado como “supervisor”, a vida dele agora é feita de ar- condicionado, sonecas à vontade e todo um novo universo gastronômico. Eros, seu filho, Astro, o neto, e o Luky, o bisneto continuarão seu legado farejador na pf. Para o velho labrador, que completou 10 anos e foi adotado pelo parceiro Arthur Vargas, nada mais de ouvir gritos em alemão e de correr atrás de drogas. Ele cansou da cocaína e se ligou no chocolate.

 

Post-scriptum: Se o texto acima lhe é familiar você é um leitor atento da revista “piauí”, onde publiquei o texto no longínquo maio de 2007 (edição número 8), sob o título “Cheirar, nunca mais”. Meus agradecimentos aos piauienses por emprestarem o artigo para fins elekistânicos. 

 

]]>
15
Frankensteins também deixam saudade http://elekistao.blogfolha.uol.com.br/2013/03/22/frankensteins-tambem-deixam-saudade/ http://elekistao.blogfolha.uol.com.br/2013/03/22/frankensteins-tambem-deixam-saudade/#respond Fri, 22 Mar 2013 16:56:34 +0000 http://elekistao.blogfolha.uol.com.br/?p=159 Continue lendo →]]> O escritor Joca Reiners Terron relembra (numa cortesia Twitter.com) que ontem Valêncio Xavier teria completado 80 anos. Fascinante espécie do filo das Avis Raras, o escritor, cineasta, romancista visual, jornalista e agitador cultural paranaense recebeu, do mesmo Terron, o apropriado apelido de Frankenstein de Curitiba, uma referência direta ao maior prosador desta cidade, o fugidio Dalton Trevisan, 88 (há décadas conhecido como o Vampiro da mesma cidade).

Valêncio Xavier encarna um Frankenstein para o fotógrafo João Wainer

Conheci Valêncio Xavier Niculitcheff em março de 1999. Depois de décadas de maravilhosas criações ou criaturas (termos mais adequados do que “filmes” ou “livros”) que mesclavam com originalidade fotografia e literatura, cinema e poesia, VX deixava pela primeira vez o underground paranaense, com a então recente publicação do volume “O Mez da Grippe – E Outros Livros” pela Companhia das Letras (esgotado há tempos e encontrável por até 300 dinheiros na Estante Virtual).

Fui visitá-lo por conta de outro livreto, a primeira publicação inédita em muitos anos de Xavier, a inclassificável “Meu 7º Dia, uma Novella-Rébus”, um dos primeiros títulos da saudosa e efêmera casa editorial Edições Ciência do Acidente.

Xavier vivia numa rua das mais pacatas de Curitiba, numa igualmente pacata casa guardada por um daqueles portõezinhos simbólicos, que batem no joelho dos visitantes. Dentro de casa, um enorme amontoado de coisas. Coisas e mais coisas de todos os tipos de coisas: livros, papéis e enfeites que faziam lembrar vagamente o bar Pavilhão Chinês (o templo do kitsch em Lisboa).

Pesadelo dos pesadelos jornalísticos, me dei conta, pouco antes de apertar a campainha, que estava sem gravador. Assim, a primeira pergunta que fiz ao entrevistado foi: você por acaso tem um aparelho para me emprestar?  É claro que tinha. O que será que não teria Valêncio?

Foi com um gravador K7 cinza chumbo do tamanho de uma caixa de sapato, que o escritor insistiu veementemente que ficasse comigo após a entrevista (é um aparelho dos anos 1970, com oito pilhas A2, e ainda funciona que é uma beleza), que fiz a entrevista, publicada na capa da Ilustrada de 20 de março de 1999. Infelizmente não tenho a íntegra da conversa, que lembro ter durado quase duas horas, mas reproduzo aqui o que foi publicado, já que não encontrei o texto disponível online. Vale espiar também a breve, idiossincrática e valencioxavieriana homenagem que o jornal paranaense “Gazeta do Povo” fez ao escritor há alguns dias.

 

Frankenstein de Curitiba mostra nova cria literária
O escritor Valêncio Xavier lança “Meu 7º Dia”, seguindo a receita de “escrever torto por linhas certas”


CASSIANO ELEK MACHADO
enviado especial a Curitiba
Valêncio Xavier não tem três metros de altura, pinos saindo das têmporas nem a pele esverdeada. Mas entre os apelidos que já recebeu em 65 anos de vida, um de seus favoritos é “Frankenstein de Curitiba”.
Não que o escritor paulistano radicado na capital paranaense se considere um monstro. Frankenstein, na história original de Mary Shelley, de 1818, não era a criatura sorumbática que hoje atende por esse nome em desenhos animados e histórias em quadrinhos. Frankenstein era o cientista que, costurando pedaços de cadáveres, criou o monstrengo.
É justamente a costura de coisas esquecidas uma das marcas mais fortes da literatura de Xavier.
Na próxima segunda-feira, uma nova criatura do escritor passeia por São Paulo. Nesse dia, será lançado no bar Finnegan’s Pub o livro “Meu 7º Dia, uma Novella-Rébus”, editado pela novata Edições Ciência do Acidente.
É o primeiro livro inédito de ficção do autor desde 1986, quando lançou “O Mistério da Prostituta Japonesa & Mimi-Nashi-Oichi”.
Até 98, esse livro, assim como os outros de Xavier, só eram encontrados em raríssimos sebos e nas estantes de intelectuais como Bóris Schnaidermann e Décio Pignatari.
Em outubro do ano passado, cinco obras de Xavier foram reeditadas pela Companhia das Letras em apenas um volume, com o título “O Mez da Grippe e Outros Livros”, finalista como romance e vencedor na categoria produção gráfica do Prêmio Jabuti.
Assim como em “O Mez…”, em “Meu 7º Dia” o escritor apresenta uma espécie bem-acabada do gênero “narrativa visual”.
Como disse Décio Pignatari recentemente para um jornal paranaense , “a narrativa visual é muito nova no mundo; Valêncio é pioneiro no mundo todo”. Por narrativa visual, entenda-se a arte de contar uma história promovendo a interação constante de ilustrações e de texto.
Em “Meu 7º Dia”, por exemplo, o escritor costurou ilustrações de um antigo livreto religioso, desenhinhos recolhidos em revistas velhas e pequenos textos de sua autoria. Nesse bordado entram ainda um fragmento de um verbete enciclopédico que explica quem são os ainos, “tribo bárbara que habita o norte do Japão”, e letras de canções populares.
Escorando essa trama, Xavier diz existir um enigma. Ele não explica qual é a charada e brinca que “dá todo o dinheiro do bolso se alguém descobrir, coisa que ninguém fará”.
Para conversar sobre os enigmas de sua literatura, o “Frankenstein” Valêncio Xavier recebeu a Folha em sua casa, que fica próxima da morada de outro “monstro literário”, o escritor Dalton Trevisan, o “Vampiro de Curitiba”.
*
Folha – Em “Meu 7º Dia”, o sr. crava: “Será que escrevo torto por linhas certas?”. O sr. acha que essa frase pode ser usada para definir sua literatura de um modo geral?
Valêncio Xavier – De certa forma sim. Esse é um trocadilho com Deus, que escreve certo por linhas tortas. Não sei muito bem porque coloco algumas coisas em meus textos. Acho que é porque sou um cara destrambelhado quando escrevo. Não faço a coisa da maneira certa. Escrevo torto.
Folha – Como é o processo criativo de um texto “torto”?
Xavier – A história que a gente quer contar acaba levando a gente. Não sou um cara de planejar uma história com minúcias. Tenho uma vaga idéia do que quero quando começo a escrever. Acho que, como na vida real, a história vai tomando os rumos que ela quer, não os que escolhemos. Claro que queria saber construir um livro como fazia Jorge Luis Borges. Eu não sou bem assim.
Folha – Mas o sr. também não parece adepto de uma escrita automática, como a que faziam os surrealistas e dadaístas.
Xavier – Não. Eu também vou colocando meus tijolinhos nos lugares certos. Pelo que as pessoas dizem, minha literatura até aparenta ser uma construção bem feita. Só espero que eu não seja um Sérgio Naya e que meus prédios não desabem de uma vez (risos).
Folha – O que tem por trás desses edifícios?
Xavier – Na verdade, acho que tudo o que faço é brincadeira. Tem gente que se horroriza quando eu digo isso. Mas é um outro significado da palavra brincadeira. A maioria dos escritores brasileiros carregam mágoas em seus textos. Eu não. Não tenho nenhuma preocupação em deitar sabedorias, em mostrar minha ideologia. Tenho quase certeza de que não tenho nada a dizer para o mundo. Não tenho mensagens, não quero ditar regras. Meus livros são apenas para serem lidos.
Folha – “Meu 7º Dia” conta uma história de desilusão amorosa?
Xavier – É. O livro pode parecer tratar de um acerto de contas meu com Deus, mas isso é apenas o começo do livro.
Folha – Não seria um acerto de contas seu consigo mesmo?
Xavier – Acho que sim. Tudo o que escrevo é na primeira pessoa. Estou falando no livro do meu sétimo dia. De minha morte.
Folha – E quando foi esse seu sétimo dia?
Xavier – Não vejo diferença entre a coisa inventada e a acontecida. Minha morte pode não ter acontecido, mas no livro acontece. Então ela existe. Se me dou ao trabalho de escrever sobre uma desilusão amorosa falsa, ela passa a ser verdadeira. Aqui trato de uma coisa inventada. Mas o autor, queira ou não, teve que passar por todo o sofrimento da desilusão amorosa. Quem toma um fora morre.
Folha – O que o sr. pensa do apelido que o poeta e editor Joca Reiners Terron lhe deu: o “Frankenstein de Curitiba”?
Xavier – Meus advogados vão resolver isso (risos). Acho ótimo o apelido. O doutor Frankenstein pegava pedaços de cadáveres e juntava as coisas. Eu faço literatura com pedaços de coisas.

Na mesma página, havia outro texto meu, onde Xavier me convidava a espiar o livro no qual trabalhava, e que viria a ser publicado em 2001 pela Companhia das Letras, com a capa abaixo.

Autor finaliza ‘Menino Mentido’ 

do enviado a Curitiba
“Venha ver o Valêncio Xavier do ano 2000”, diz o próprio, com os olhos brilhando.
Sobre a mesa, ele estende um caderno espiralado em cuja capa está escrito “Menino Mentido”. Projeto iniciado em outros carnavais, o livro só foi finalizado durante as folias de momo deste ano, quando Valêncio “aproveitou que não tinha que trabalhar” e gastou “das 6h às 24h” para lapidar os originais.
“Menino”, que será publicado no ano que vem pela Companhia das Letras, é uma colagem de experiências do escritor quando criança. “Mentido”, explica Valêncio, “também significava, em sua origem, aquilo que gorou. O ovo que não foi chocado é um ovo mentido”.
“Menino” não é o único projeto atual do escritor. Antes dele, devem vir as meninas. Ou melhor, “Las Meninas y Otras Niñas”, conjunto de três de suas criações que será publicado este ano pela editora Artes e Ofícios, de Porto Alegre.
O livro vai reunir os trabalhos “Las Meninas”, recriação do célebre quadro de Velásquez a partir de experiências do escritor, recortes de notícias de jornal e do extinto programa de TV “Aqui e Agora” sobre uma garota morta em um parque de diversões e “Ponto Cantado Ponto Riscado da Menina de Rua de 12 Anos Curitibana”, historieta de uma menina que pede dinheiro no farol.
No mesmo armário que ficam todas essas meninas, está um dos projetos preferidos do escritor, que ainda não encontrou uma editora para ele.
“Minha Mãe Morrendo” trata exatamente do que expressa o título. Usando fotos familiares e textos que deixam expostos momentos delicados da relação com sua mãe, o escritor criou uma obra que ganhou o seguinte comentário de Décio Pignatari: “‘Minha Mãe Morrendo’ é uma das melhores narrativas visuais de qualquer tempo, não importa se aqui ou fora daqui”.
Paralelamente a meninos, meninas e mães, Valêncio anda metido com Cristo. INRI Cristo, curitibano que acredita ser o próprio Jesus, foi tema do vídeo “Nascimento, Vida, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo”, que o escritor dirigiu em 1997. Agora ele pretende terminar de montar o filme e transformá-lo em um longa-metragem.

]]>
0