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Alvorada arquivada

Por elekistao
08/04/13 21:34

A rigor, o que realmente interessa deste breve post é esta imagem abaixo.

“Alvorada”, aquarela de Cícero Dias (1928)

Esta belezurinha de aquarela passou os últimos 85 anos arquivada, desde que foi exposta na primeira mostra individual de Cícero Dias, em 1928, no saguão do “hospício” Policlínica Geral do Rio de Janeiro, a marcante estreia do pernambucano.

A obra foi resgatada recentemente pela viúva do artista, a encantadora francesa Raymonde Dias, e entregue ao galerista de longa data de Cícero, o paranaense Waldir Simões de Assis Filho. “Alvorada” saiu de seu sono profundo direto para uma das paredes da Simões de Assis Galeria de Arte, na feira SP-Arte, que terminou no domingo em São Paulo.

Conheci Cícero Dias quando ele tinha 93 anos (leia reportagem aqui). Era um sujeito delicado e forte como a “Alvorada” acima. Ele me recebeu, lépido e fagueiro, em seu apartamento próximo da Torre Eiffel, na rue de Longchamps, em Paris.

Só aceitou começar a entrevista depois que tomássemos ambos um copo de whisky. Missão cumprida, sacou um caderno onde estava fazendo esboços para uma praça que projetava em Recife. Ela foi construída, e batizada com o nome da obra mais famosa de Cícero (“Eu Vi o Mundo, Ele Começava no Recife”, o delicioso e gigantesco painel dos anos 1920 que, infelizmente, está numa coleção particular há muitos anos).

Os desenhos do velho Cícero e as obras que decoravam seu apartamento eram abstrato-geométricos, como os que ele começou a fazer nos anos 1940. Mas sua conversa evocava esse passado aquarelado, as cores do Recife da sua juventude.

Foi lá, na capital pernambucana, que encontrei o artista pela última vez, para esta matéria aqui. Eu o entrevistei numa sombra, sob uma árvore da praia de Boa Viagem. Lembro que ele falou sobre o azul anil e sobre o verde dos canaviais. Foi bom reencontrar aqui e acolá estas tonalidades, nesta bonita “Alvorada” que enfim escapa de uma gaveta francesa.

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Comentários

  1. Waldir Simões de Assis Filho comentou em 09/04/13 at 11:36 am

    Parabéns Cassiano pela matéria. A aquarela realmente viveu um sono profundo de 85anos. Em 1982, o marchand francês, Camile Masrour, proprietário da extinta Galerie Bellechasse, convenceu a Cícero Dias, a transpor para litografia uma série de aquarelas dos anos 20. E Alvorada foi uma das escolhidas. A impressão das gravuras ficou a cargo do conceituado litógrafo parisiense Pierre Badey, que imprimiu obras para os grandes artistas do século XX.
    abs Waldir

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