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Êxtase com controle remoto

Por elekistao
07/08/13 17:44

Além de ser um dos maiores escritores vivos, o norte-americano Don DeLillo é também doutor honoris causa no Elekistão (saiba mais aqui). Por isso, a publicação de um novo livro do autor no Brasil tem de ser celebrada nestas terras. “O Anjo Esmeralda” é a primeira coletânea de contos deste escritor de romances “bonsai” (como “A Artista do Corpo”) e de catataus à “Submundo”.

Obra de DeLillo anotada por David Foster Wallace

No novo livro, que a Companhia das Letras leva agora às livrarias, DeLillo exibe uma literatura menos paranoica, mais lírica, como bem exemplifica o conto “Criação”, de 1979. É dele que este blog pinçou um trecho, reproduzido abaixo (na sempre competente tradução de Paulo Henriques Britto). É uma cena de prazer, de alívio e de fruição (ainda que seja, afinal trata-se de DeLillo, um “êxtase com controle remoto”):

 

“Abri os olhos e vi nuvens impelidas pelo vento — nuvens de vento em popa — e uma única fragata pendurada numa corrente de ar, as asas longas planas e imóveis. O mundo e todas as coisas nele contidas. Eu não era bobo de achar que estava vivendo algum momento primevo. Era um produto moderno, aquele hotel, planejado para dar às pessoas a sensação de que elas haviam deixado para trás a civilização. Mas se eu não era ingênuo, também não sentia vontade de alimentar dúvidas sobre aquele lugar. Tínhamos vivido meio dia de frustrações, longas idas e vindas num carro, e o toque refrescante da água doce em meu corpo, e a ave a sobrevoar o oceano, e a velocidade daquelas nuvens baixas, aqueles imensos píncaros a desabar, e a sensação de flutuar sem peso, girando lentamente na piscina, como uma espécie de êxtase com controle remoto, tudo isso me fazia sentir que eu sabia o que era estar no mundo. Uma coisa especial, sim. O sonho da Criação que brilha no limite da busca de quem viaja a sério”. (trecho do conto “Criação”, de “O Anjo Esmeralda”, p. 15).   

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