Em Choque
15/09/13 14:11No último episódio, nossos personagens tentavam chegar ao cume do antigo paraíso inca de Choquequirao, apelidada de “Choque”.
E a expedição continuou (assim como a nossa “sessão de slides”).
Não era propriamente um dia dos mais brilhantes. A paisagem geral era mais ou menos assim.
Mas as ruínas estavam próximas.
Tão próximas que, após 19 km ladeira abaixo, cruzar o rio na “oroya”, uns 12 km barranco acima e uma noite gelada na barraquinha de camping a mais de 3000 metros de altitude (vestido com o legítimo gorro peruano com tapa-orelhas e desenho de lhamas na cabeça), chegamos.
Um poquito más arriba (não havia comentado nos textos que fiz sobre a viagem para o caderno Turismo, que, relembrando, podem ser lidos aqui, mas se você perguntar a qualquer guia da região onde fica a montanha tal ou a quantos quilômetros estamos de Choquequirao ele responderá “aquizito, no más”) estava o que se considera o pátio principal de Choque.
Uma das vistas mais bonitas das ruinas é a de uns antigos, supõe-se, armazéns.
Uma tentativa de mostrar um panorama um pouco mais amplo do que seriam as ruínas é esta outra imagem.
Choquequirao é cercade de mistérios. Grandes e pequenos. O menor de todos é este aqui. O que será este anãozinho encontrado em um de seus nichos centenários?
Mistério irresoluto, começamos a descida. O acampamento não está longe, veja só.
O tempo começa a melhorar. Então vamos adiante.
E quando tudo parece perdido, há o oásis de Julian, pequeno barzinho sem luz elétrica, sem bebidas geladas, mas com uma bela paisagem.
Para encurtar um pouco a projeção de slides (são quase dois dias mais de caminhadas), daremos um salto quântico aos momentos semifinais da viagem. No horizonte, aparecem picos nevados como estes.
E, já no finalzinho da expedição, no mirante de Capuliyoc, avistamos um dos maiores pássaros do mundo, o condor andino.
Não foi o animal mais importante de minha viagem, como já revelei em outra ocasião. Na volta, tive em alguns momentos o apoio de uma valorosa mula. Conduzida com maestria pelo garoto Franklin, “Juan” foi fundamental. Com seu retrato, terminamos o carretel de slides.